domingo, 8 de julho de 2012
quinta-feira, 5 de julho de 2012
Conversando a gente se entende.
SEXUALIDADE E ESCOLA
DISCUTINDO A DIVERSIDADE SEXUAL, O ENFRENTAMENTO AO
SEXISMO E A HOMOFOBIA.
1-INTRODUÇÃO
Os grandes problemas encontrados hoje
nos adolescentes e pré-adolescentes em respeitar e se respeitarem nas suas
características sexuais. Ou seja, a falta de respeito e a consciência de
cuidado com o próprio corpo. Sendo assim faz-se necessário estudar e trabalhar
com o grupo o tema da sexualidade humana.
2-JUSTIFICATIVA
A mídia e a atual
conjuntura dos tempos têm despertado cada vez mais cedo a sexualidade dos
nossos jovens, fazendo-se necessário um trabalho de informação, conscientização
e intervenção dentro desse tema.
3-OBJETIVOS
- Promover discussões sobre o comportamento das adolescentes na sociedade atual;
- Criar nos alunos e principalmente nas alunas o conceito de respeito por seu corpo e seus sentimentos;
- Desenvolver o hábito de conversar e se falar o que está sentindo;
- Estimular o respeito às diferenças de: corpo, sexualidade e etnia entre os adolescentes;
- Fomentar entre os meninos o respeito as meninas da escola e de seu convívio particular.
4-METODOLOGIA
As turmas receberão papel pardo
e pinceis atômicos e sob a supervisão do professor deverão criar personagens
femininos com o máximo de características pessoais possíveis. Durante
o processo de criação o professor orientará os alunos para que deixem a
imaginação fluir e escrevam sobre a vida sexual, amizades e profissões de suas
personagens.
Após essa etapa cada grupo ficará responsável por defender o modo de vida
e a conduta de suas personagens, depois desse momento todos os grupos
apresentam seus personagens e confrontam suas ideias.
No próximo encontro o professor
fará uma palestra sobre a sexualidade humana e os riscos da falta de informação
sobre a mesma e suas consequências nos corpos.
Nossa proposta de avaliação é
continuada e baseada no feedback
dado pelos alunos durante a realização da atividade.
5-RECURSOS MATERIAIS
- Folhas de papel pardo, lápis de cor, giz de cera, cola, tesoura, pincel atômico preto, azul e vermelho, computador, aparelho de TV, aparelho de DVD, DVD: Sexualidade, Vídeos coletados na internet.
6-CRONOGRAMA
AÇÃO
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DATA
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TURMA
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Confecção dos personagens
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20-10-11
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080
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Discussão sobre a vida dos personagens
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27-10-11
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080
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Conversa com o professor
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03-11-11
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080
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Palestra com o professor
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10-11-11
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080
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Exibição do vídeo:
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17-11-11
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080
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7-AVALIAÇÃO
Os alunos serão avaliados através da participação e grau de interesse na
realização das atividades. Será produzido também um relatório de todas as
atividades realizadas e o mesmo ficará arquivado na escola para consultas
posteriores.
8-REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
- SILVA, Maria da Graça Moreira. ”Uma sociedade em mudança/A educação na nova sociedade”. 2007.
- PROJETOS Escolares. Revista. Edição especial.
- SUPLICY, Marta. Sexo para adolescentes. São Paulo: FTD, 1988.
- COSTA, Moacir. Sexualidade na adolescência. São Paulo: L&PM, 1994.
Sexualidade e Escola
(Pesquisa de campo – A escola e
seus espaços)
Objetivos: O objetivo do referido relatório e
fazer uma análise dos ambientes da escola e como os alunos o percebem. O meu
trabalho foi objetivado da seguinte forma:
- Explicação do tema para os alunos;
- Distribuição de questionários onde os alunos puderam responder e opinar;
- Socialização dos resultados alcançados com a turma e posteriormente com a equipe diretiva.
De acordo com o questionário, os alunos
ainda não têm uma compreensão geral
da necessidade ou não da generificação do ambiente escolar.
A maioria dos alunos acha necessária a
separação de meninos e meninas, principalmente nas atividades de educação
física, pois acham que devido a terem mais fortes (sic) poderiam sem querer
machucar as meninas. Quando perguntadas pelo professor se concordavam com essa
afirmação as meninas acharam que os meninos estavam certos e sua colocação
entendendo isso como um cuidado e, penso eu, até como um cavalheirismo da parte
deles.
Fiz a pesquisa com a turma: 060 antiga 5ª
Série. Os alunos têm entre onze e treze anos de idade e são considerados uma
das melhores turmas de nossa escola que se chama: Daniel Batista.
Festival de Artes das Escolas de Palmas
A Arte transforma...
A
abertura da modalidade Arte Visual do Festival de Artes das Escolas de
Palmas (Faes 2011), que traz como tema “Coleta Seletiva para uma Escola
Sustentável”, aconteceu na manhã desta quarta-feira, 15, na Escola de
Tempo Integral Eurídice Ferreira de Mello. Na ocasião a Companhia de
Dança ‘Dona Lindu’ fez uma apresentação de Street Dance que contagiou o
público.
Estiveram
presentes na solenidade o Secretário da Educação, Zenóbio Júnior, que
representou o Prefeito de Palmas Raul Filho, a Diretora de Ensino
Fundamental, Jordana Jácome, diretores das Unidades de Ensino (UEs) da
Capital, além de alunos e convidados que prestigiaram os 135 trabalhos
de desenho, pintura, fotografia, escultura e pocket movie, desenvolvidos
por alunos de 20 UEs que participam desta etapa.
Segundo
o Secretário da Educação, os trabalhos estão em um nível bem elevado e
representam a preocupação com a preservação do Meio Ambiente. “Vi em
cada trabalho os detalhes que expressam os sentimentos e a preocupação
com a limpeza do Ambiente Escolar, de praças, de jardins, da Terra -
nosso mundo -. Observei também, a preocupação em valorizar o ser humano,
em valorizar nossas crianças. O caminho é esse”, afirmou Zenóbio
Júnior.
Para
a Diretora de Ensino Fundamental Jordana Jácome, a arte é um componente
fundamental no desenvolvimento das crianças, “o Faes não objetiva
formar artistas, mas sim desenvolver o senso crítico e o gosto pela
arte”, acrescentou Jordana.
Raphael Pontes
Aula de português.
Aula de português.
Texto teatral de Cláudio de Moraes, inspirado em conto
de João Anzanello Carrasacoza
Início:
Música: Gramática do Grupo Palavra Cantada.
(Aluno
entra na sala de aula a procura de livro que tinha esquecido. Acha o livro e
diz:).
Narrador:
Poxa! Estudei tanto para prova que até esqueci o livro aqui na sala... Tenho
certeza que vou tirar dez, mas, estou tão cansado, vou tirar uma soneca.
(aluno
dorme e começa a sonhar com os seguintes personagens)
Vírgula:
Ei... Acorda aí... Tenho uma coisa muito importante para te contar. Eu sou a
vírgula e tenho uma função muito importante nas frases: indico uma pausa ou
separo as palavras. Acho que isso vai te ajudar na prova.
Reticências:
Essa vírgula é muito amostrada mesmo. Eu sou tão importante quanto você, querida!
indico dúvidas e incertezas, podendo até mesmo mudar o sentido de uma frase.
Dois
Pontos: Eu sou bem parecido com as reticências, porém me chamo-Dois Pontos e todo
mundo me usa antes de fazer uma citação ou enumeração.
Interrogação:
Esse é o momento certo para que eu entre nessa história. Sou a interrogação e
interrogo tudo. Sou usado no final das frases que fazem uma pergunta. Falando
nisso, o Sr estudou para prova...
Interjeição:
Claro que ele estudou... Não é mesmo? Eu sou a interjeição e gosto de admirar
tudo que vejo. Maravilha! Viva! Também sirvo para expressar espanto e tristeza.
Porém, dessa parte não gosto muito, gosto mesmo é de alegria.
Aspas:
Eu também gosto de chamar atenção, interjeição. Sou o sinal das aspas e sirvo para
indicar citações dentro de uma frase ou texto.
Ponto:
Só que, sem mim, a frase nunca termina, eu sou o ponto final e vou acabar com
tudo aqui!
Ponto
e vírgula: Calma seu ponto, calma... Uh... Uh... Dona vírgula... Essa irmã é
muito ingrata mesmo, sempre se esquece de mim. Eu sou o ponto e vírgula e indico
uma pausa maior que a nossa irmã a vírgula desnaturada.
Narrador:
Que coisa mais feia Dona vírgula. Que irmã malvada, saiba que, uma pontuação
errada pode mudar todo o sentido de uma frase.
Vírgula:
Só quero ver se essa sabedoria toda vai ser usada na prova.
Parêntese:
Atenção que eu vou prender todo mundo. Sou o parêntese e sirvo para separar
palavras nas frases, chamar atenção ou para explicar alguma coisa, afinal eu
sou o mais importante.
Narrador:
Gente! Vamos parar com essa confusão na nossa escola. Todos vocês são
importantes, principalmente para mim que preciso tirar dez na prova.
Travessão:
Isso mesmo narrador. Eu também coloco ordem nas coisas, e indico o diálogo entre
duas ou mais pessoas. Sirvo também para destacar palavras ou expressões. Eu sou
o travessão.
Narrador:
Pessoal, todos nós estamos a serviço da boa escrita. Todos vocês são
importantes e um não pode viver sem o outro.
Vírgula:
Acho que o nosso amigo tem razão. O melhor a fazer e nos unirmos a serviço da
boa escrita. Vamos lá...
Todos
os personagens: UM POR TODOS E TODOS POR UM.
(Todos
vão saindo do palco, ficando apenas o narrador e o seu livro. O narrador começa
a estudar, adormece e por fim acorda dizendo...).
Narrador:
Que sonho mais maluco. Acho que foi de tanto estudar! Nossa está quase na hora
da prova. Tenho que ir. Tchau pessoal
(sai
correndo)
Ponto
final: Vim aqui só para marcar presença e dizer. FIM.
FIM
O homem que enganou a Morte
O homem
que enganou a Morte
(Casa de um casal muito pobre. Mulher
segura criança que chora de fome...).
Narrador
1 Hoje vou contar para vocês, uma história muito antiga. Do tempo que os bichos
falavam!
Narrador
2 E é justamente por causa da pobreza que a nossa história vai começar.
NARRADOR
1 Como assim Fugência?
NARRADOR
2 Vou explicar Manfredo. Nesse tempo tinha muito ouro, mas também muita pobreza.
E o nosso personagem principal é muito pobre, pobrezinho e tá acabando de
nascer...
NARRADOR
1 Tenha cuidado não que essa eu quero ver!
(Aparece o casal muito choroso em sua
humilde casa)
Marido
Ai mulher como é que vamos criar mais esse filho, com esse são 18!
Mulher
Isso é problema seu marido... Dê um jeito, e olhe que já tá chegando o dia de batizar
o menino e tu tem que arrumar um padrinho bem rico!
MARIDO
E quem vai querer? Já ofereci prá tanta gente. O doutor, o delegado, seu Zé da padaria...
Ninguém quis.
MULHER
Pois, vá pra rua procurar um padrinho já!...E leve o menino.
(Marido sai e entram os narradores)
NARRADOR
1 Esse aí tá encrencado.
NARRADOR
2 Será que ele consegue alguém?
NARRADOR
1 O bicho é doido, tá indo pro lado do cemitério!
NARRADOR
2 Valei-me Nossa senhora.
(Narradores saem e o marido fica só no
palco)
MARIDO
Ai meu Deus! O que fui aprontar... Como é que arrumei mais um filho... O que eu
faço?
(Morte vai passando distraída)
MARIDO
Hei, hei, Quem é a senhora, é algum EMO?
Morte
Quem, eu? Tá me reconhecendo não? olhe bem?
MARIDO
Uma Drag Queen?
MORTE
Eu sou aquela que chega para todos (faz um grande suspense) Eu sou a morte!
MARIDO
(Não se assusta nem um pouco) Serve! A senhora não quer ser a madrinha do meu
filho que acabou de nascer?
MORTE
O quê? Isso é muita falta de respeito... Eu não batizo, eu mato!
MARIDO
Oh Dona Morte... É que já convidei um monte de gente e ninguém aceita... Digo
ninguém pode!Será que...
MORTE
Eu não, Deus me livre, além do mais, as coisas estão pela hora da morte... Entendeu
a piada?
MARIDO
Se não tem tu, vai tu mesmo... Aceita por favor!!!
MORTE
Homem, tu tá tão chato que para eu me ver livre eu vou aceitar.
MARIDO
Muito obrigado comadre... Ah é o presente?
MORTE Presente?... Isso eu não sabia...
MARIDO
Mas, essa é a parte mais importante. Vamos lá, não seja pão dura...
MORTE
Tá bem, tá bem... Quando o menino fizer 18 anos, traga ele aqui na minha casa.
[Passagem
de tempo]
MARIDO
Vamos mulher, faz as coisas logo que hoje é o aniversário de 18 anos do menino
e temos que pegar o presente dele.
MULHER
Já vai homem, ele tá quase pronto, se ajeita menino.
MARIDO
Ai mulher, o que será esse presente, será dinheiro? Uma casa? Será que ele vai
deixar o bichinho mais bonitinho, já que é tão feio.
Severino
PAI! Não precisa acabar comigo!
MARIDO
Desculpa meu filho.
MULHER
Vocês parem com isso que já estamos atrasados.
(Marido, mulher, filho encontram a morte
na casa dela).
MULHER
Marido do meu coração... Que lugar é esse?
MARIDO
Cala a boca doida, essa é a casa da minha comadre.
SEVERINO
Eu que não deveria ter vindo... Que raio de madrinha é essa que vocês nunca me
falaram. E que raio de presente é esse.
MARIDO
Severino meu filho, a sua madrinha é a Morte, ela foi a única que quis!!!
(Cena congela entram os narradores)
NARRADOR
1 Caro público, esse é o Severino o herói da nossa história.
NARRADOR
2 Pense um rapaz inteligente, malandro que só vendo, capaz até de enganar a
morte!
NARRADOR
1 Cala a boca Fulgência, isso é o segredo da nossa peça... O mulher fofoqueira.
(Narradores saem de cena)
(A Morte está sentada, lendo jornal...)
MARIDO
Comadre do meu coração, tá lembrada de mim?
MORTE
Eu não, quem é você? Se for esmola, vá me perdoando que tá tudo pela hora da
morte! Entendeu a piada? (Morte da
risada da sua piada besta)
MARIDO
Não sou eu, o seu compadre. Não me conheceu?
MORTE
Não... tu tá acabado demais! Acho que já tá na hora de te levar.
MARIDO
Deus me livre comadre!Essa é minha mulher e esse é o Severino, o seu afilhado
veio receber o presente de aniversário, lembra?
MORTE
(Bate com a mão na testa) Tinha me esquecido... O que é que eu posso dar de
presente para esse afilhado... Deixa-meeu pensar...
MULHER
Que seja uma coisa boa, tá Dona Morte!
MORTE
Então você é o meu afilhado... Não é grande coisa, bem trato é trato. Tudo bem
meu filho.
SEVERINO
“Benção" Madrinha... Eu sou Severino, ao seu dispor... Tá doente Madrinha,
tá tão pálida!
MORTE
Olha o respeito menino... Onde foi que eu me meti... Que família é essa?
MULHER
Vamos logo Dona Morte... Qual é o presente... Diga?
(Todos apreensivos)
MORTE
Bem (pensa) Ah... Isso não! SIM, Também não... Já sei! Severino meu filho, você vai ser médico e
será um medico muito famoso. Sempre vai acertar quem vai viver e quem vai
morrer.
SEVERINO
Beleza Madrinha... Agora eu me ajeito.
MORTE
Cala a boca custoso! Presta atenção! Quando eu estiver no pé da cama do seu
paciente ele vai morrer, se eu estiver na cabeceira da cama, ele vai viver.
Entendeu?
SEVERINO
Entendi Madrinha. Agora que eu tiro a barriga da miséria.
MORTE
E todo mundo vá tomado o rumo de casa que tá quase na hora da minha novela! O
povo chato!
MARIDO
Obrigado comadre, Já "tamo indo”.
MULHER
O Morte boa sô!
SEVERINO
Adeus madrinha querida!
MORTE
Eu sei, eu sei. Daqui a pouco vocês virão morar comigo
(Marido e mulher se benzem)
(Entram o narrador e a narradora)
NARRADOR
1 Eita Severino de sorte que presente bom ele ganhou.
NARRADOR
2 E deu muito certo mesmo, ele ficou rico rapidinho.
NARRADOR
1 Acertava todos os diagnósticos, sabia
quem vivia e quem morria.
NARRADOR
2 Só que certo dia, o rei ficou muito doente!
(Rei entra passando mal)
Rei
Ai meu Deus! Vou morrer de dor, aí minha barriga, aí minha cabeça.
Princesa
Calma pai vai dar tudo certo, o senhor vai ficar bom!
(Morte entra em cena está invisível e faz
um monte de palhaçada)
REI
Aí, aí que vou morrer...
PRINCESA
Já sei, vamos chamar o famoso Dr. Severino, ele pode te curar.
REI
Pois chame minha filha que sinto que o meu fim está perto.
PRINCESA
Dr. Severino, Dr. Severino... Corra, venha salvar o meu pai!
(Severino entra e pisca para a madrinha)
SEVERINO
O que aconteceu?
PRINCESA
Meu pai, Doutor ele está muito doente. Acuda!
REI
Se você me salvar meu filho, eu te dou um saco de ouro!
(Nesse momento a Morte se posiciona aos pés
da cama. Severino grita e se desespera).
REI
E PRINCESA O que houve Dr. Severino?
SEVERINO
Nada, nada não!
(Severino caminha em direção a morte)
SEVERINO
Madrinha, não faça isso comigo, por favor!
MORTE
ô Severino chato... A hora dele chegou, posso fazer nada não. Se quiser ir junto
eu levo!
SEVERINO
Madrinha, se ele morrer eu perco o saco de ouro e todos os meus clientes.
MORTE
Problema seu!
(Severino pensa um pouco e diz...).
SEVERINO
Dona Morte, a senhora está com uma cara tão cansada, Por que não vai à cozinha
do palácio e toma um café.
MORTE
Você acha afilhado? Deve ser por que eu tenho trabalhado muito meu filho.
SEVERINO
Pois vá Madrinha que eu encomendo a alma do rei.
MORTE
Olha lá hein, cuidado (saindo).
SEVERINO
Princesa venha cá me ajude a virar essa cama.
PRINCESA
Pra que Severino?
SEVERINO
Não faça pergunta difícil, rápido!
(Eles viram a cama e a Morte entra com o
seu café)
MORTE
Ah sabotador de uma figa. Se fizer isso de novo eu te mato!
SEVERINO
Madrinha me desculpa, mas não podia perder o saco de ouro, nem meus clientes.
(A morte sai com ódio)
NARRADOR
1 Nisso o rei ficou bom, saradinho da silva.
NARRADOR
2 Severino ganhou o saco de ouro e casou com a princesa.
[Passagem
de tempo]
PRINCESA
Ai meu Deus, acho que vou morrer... Estou muito mal
SEVERINO
Calma meu amor, vai dar tudo certo.
PRINCESA
Eu não me aguento em pé.
(Morte chega. Severino leva um susto, mas
finge que está tudo bem).
SEVERINO
Madrinha querida... Quanto tempo. Trabalhado muito?
MORTE
Não vem não que ainda não te perdoei por aquela do rei... E sabe do que mais,
vou te dar uma lição.
(Nesse momento a Morte vai em direção aos
pés da cama, Severino vai atrás e leva a Morte para o outro lado, morte volta...
começa a dança)
SEVERINO
Não leve minha mulher!
MORTE
Vou levar.
SEVERINO
Leva não Madrinha...
MORTE
Não adianta Severino, a hora dela chegou.
(Nisso Severino tem uma ideia)
SEVERINO
Madrinha ouvi dizer que a senhora adora frango com pequi... É verdade?
MORTE
(Fica louca) Adoro! Amo! Onde tá, onde tá.
SEVERINO
Pois, justamente é o almoço de hoje no palácio, por que a senhora não vai fazer
uma boquinha.
MORTE
Tá pensando que vai me enganar de novo... sou boba não ( sentindo o cheiro do
pequi) Que cheiro bom, esse pequi está de morte... kakakakakakakkakakaakakak
SEVERINO
Pois, então... Vá almoçar madrinha... Eu tomo conta.
MORTE
E se você me enganar?
SEVERINO
(Pisca para platéia) Claro que eu não faço uma coisa dessa Madrinha
MORTE
Pequi, aqui vou eu!
(Quando a morte sai, Severino muda a cama
mais que depressa).
MORTE
(Chega lambendo os dedos e roendo um pequi. Leva o maior susto.) Ah seu desnaturado...
de novo!.
SEVERINO
Mas, madrinha... É a minha mulher e eu não tinha escolha.
MORTE
Me aguarde que vai ter troco.
Entram os narradores
NARRADOR
1 Esse Severino é porreta mesmo... Que rapaz inteligente.
NARRADOR
2 Mas, acho que, dessa vez, a Morte não gostou dessa brincadeira não!
NARRADOR
1 Será que ele escapa dessa?
Morte chega e chama Severino. (Ela está
calma e muito carinhosa com ele)
MORTE
Severino meu filho, venha cá que eu quero te mostra uma coisa.
SEVERINO
Eu não, de jeito nenhum!
MORTE
Vamos meu filho, é um presente!
SEVERINO
Bem... Sendo assim eu vou.
Entram os narradores
NARRADOR
1 Dona Morte levou o Severino para um lugar estranho... Nesse lugar tinha
algumas velas.
NARRADOR
2 Que coisa estranha!
NARRADOR
1 Pra que será isso.
Enquanto eles falam, eles mesmos colocam
as velas no palco.
SEVERINO
Madrinha, pra que essas velas?
MORTE
Meu filho, essas velas representam as vidas das pessoas. As grandes são dos que
vão viver muito, As médias dos que vão viver mais ou menos e as pequenas dos
que vão viver pouco.
SEVERINO
(Curioso) E essa que tá quase apagada, representa o quê?
MORTE
(Morte da uma risada) Essa representa a sua vida que ta acabando e eu vim te
buscar...
SEVERINO
(Tremendo) pelo amor de Deus, Madrinha, não me leva!
MORTE
Não adianta, tua hora chegou, vais morrer. (Apaga a vela)
SEVERINO
Dá uma chance Madrinha linda!
MORTE
Vou me vingar de suas graças, chegou a minha vez!
(De repente, Severino tem uma idéia)
SEVERINO
Já que não tem jeito, atenda o meu último pedido. Só me leve quando eu terminar
de rezar o Pai Nosso.
MORTE
Ô bicho mais pidão... Seu chorão. Bem. Vamos seguir as tradições. Pode começar.
(Morte contando no relógio)
SEVERINO
(Severino começa a rezar, porém bem no meio da oração ele finge que esquece).
MORTE
Vamos Severino, tem muita gente para eu levar hoje. Termina essa reza!
SEVERINO
Só mais um pouquinho... eita!, Esqueci o resto da reza, acho que a senhora não
vai poder me levar!
MORTE
Não, não... Me enganou de novo ( senta no chão e chora)
SEVERINO
Foi o combinado madrinha. Agora a senhora só pode me levar quando eu acabar a
reza e eu esqueci completamente de como ela termina.
MORTE
Você me paga Severino (Sai bufando de ódio)
(Entram os narradores)
NARRADOR
1 Dessa vez a Dona Morte ficou uma fera!
NARRADOR
2 Dá até dó de como o Severino faz dela de gato e sapato
NARRADOR
1 Só que dessa vez... Acho que ela dá o troco bem dado!
NARRADOR
2 E o tempo foi passando, Severino foi ficando velho, velhinho mesmo... Era um
velho Rei muito rico e também muito ranzinza.
(Narradores saem).
(Severino entra lendo jornal reclamando
do preço das coisas, dos crimes, das guerras e diz que o mundo está uma porcaria...
Quando de repente...).
SEVERINO
Aí meu Deus, quanto coisa ruim no mundo... Só queria morrer para não ver uma
coisa dessas.
MORTE
É pra já... Agora te pego.
SEVERINO
Não Madrinha! (cai mortinho da silva)
MORTE
É o que sempre digo, as pessoas tentam, tentam, mas, no final, no fundo no fundo...
NINGUÉM ENGANA A MORTE! (Da uma risada)
Fim
Conto tradicional recolhido em várias partes do mundo
Adaptação: Cláudio de Moraes.
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