quinta-feira, 5 de julho de 2012

Aula de português.





Aula de português.

Texto teatral de Cláudio de Moraes, inspirado em conto de João Anzanello Carrasacoza


Início: Música: Gramática do Grupo Palavra Cantada.


(Aluno entra na sala de aula a procura de livro que tinha esquecido. Acha o livro e diz:).


Narrador: Poxa! Estudei tanto para prova que até esqueci o livro aqui na sala... Tenho certeza que vou tirar dez, mas, estou tão cansado, vou tirar uma soneca.

(aluno dorme e começa a sonhar com os seguintes personagens)

Vírgula: Ei... Acorda aí... Tenho uma coisa muito importante para te contar. Eu sou a vírgula e tenho uma função muito importante nas frases: indico uma pausa ou separo as palavras. Acho que isso vai te ajudar na prova.

Reticências: Essa vírgula é muito amostrada mesmo. Eu sou tão importante quanto você, querida! indico dúvidas e incertezas, podendo até mesmo mudar o sentido de uma frase.

Dois Pontos: Eu sou bem parecido com as reticências, porém me chamo-Dois Pontos e todo mundo me usa antes de fazer uma citação ou enumeração.

Interrogação: Esse é o momento certo para que eu entre nessa história. Sou a interrogação e interrogo tudo. Sou usado no final das frases que fazem uma pergunta. Falando nisso, o Sr estudou para prova...

Interjeição: Claro que ele estudou... Não é mesmo? Eu sou a interjeição e gosto de admirar tudo que vejo. Maravilha! Viva! Também sirvo para expressar espanto e tristeza. Porém, dessa parte não gosto muito, gosto mesmo é de alegria.

Aspas: Eu também gosto de chamar atenção, interjeição. Sou o sinal das aspas e sirvo para indicar citações dentro de uma frase ou texto.

Ponto: Só que, sem mim, a frase nunca termina, eu sou o ponto final e vou acabar com tudo aqui!

Ponto e vírgula: Calma seu ponto, calma... Uh... Uh... Dona vírgula... Essa irmã é muito ingrata mesmo, sempre se esquece de mim. Eu sou o ponto e vírgula e indico uma pausa maior que a nossa irmã a vírgula desnaturada.

Narrador: Que coisa mais feia Dona vírgula. Que irmã malvada, saiba que, uma pontuação errada pode mudar todo o sentido de uma frase.

Vírgula: Só quero ver se essa sabedoria toda vai ser usada na prova.

Parêntese: Atenção que eu vou prender todo mundo. Sou o parêntese e sirvo para separar palavras nas frases, chamar atenção ou para explicar alguma coisa, afinal eu sou o mais importante.

Narrador: Gente! Vamos parar com essa confusão na nossa escola. Todos vocês são importantes, principalmente para mim que preciso tirar dez na prova.

Travessão: Isso mesmo narrador. Eu também coloco ordem nas coisas, e indico o diálogo entre duas ou mais pessoas. Sirvo também para destacar palavras ou expressões. Eu sou o travessão.

Narrador: Pessoal, todos nós estamos a serviço da boa escrita. Todos vocês são importantes e um não pode viver sem o outro.

Vírgula: Acho que o nosso amigo tem razão. O melhor a fazer e nos unirmos a serviço da boa escrita. Vamos lá...

Todos os personagens: UM POR TODOS E TODOS POR UM.

(Todos vão saindo do palco, ficando apenas o narrador e o seu livro. O narrador começa a estudar, adormece e por fim acorda dizendo...).

Narrador: Que sonho mais maluco. Acho que foi de tanto estudar! Nossa está quase na hora da prova. Tenho que ir. Tchau pessoal
(sai correndo)

Ponto final: Vim aqui só para marcar presença e dizer. FIM.


FIM








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